FG - Maior construtora do Sul do Brasil - ITC

Texto de Dagmar Spautz

Com seus diminutos 46 quilômetros quadrados, Balneário Camboriú tem duas construtoras entre as cem maiores do país em volume de metros quadrados ativos em 2016. O ranking, feito pela Inteligência Empresarial da Construção (ITC), traz na lista a Embraed, em 66º lugar, e a FG em 14º — a construtora é a mais bem colocada entre as especializadas em imóveis residenciais no Sul do país.

A vocação de construir arranha-céus pode ser a responsável pelo grande volume de construção da FG, considerada a maior da região Sul. A empresa tem cinco projetos entre os 10 mais altos do Brasil, de acordo com outro levantamento, o internacional The Skyscrapper Center. Nos últimos anos a construtora lançou uma nova linha de imóveis e estendeu seu campo de ação para a vizinha Praia Brava, em Itajaí, por meio do grupo Brava Beach.

Não é a primeira vez que FG e Embraed aparecem no ranking. Ambas têm figurado na lista nos últimos anos, assim como a paranaense Irtha, que também constrói em Balneário Camboriú.

O secretário municipal de Planejamento, Edson Kratz, diz que a construção civil na cidade tem status de indústria, com profissionalização e alto investimento em tecnologia. Há prédios que chegam a movimentar R$ 1 bilhão, considerando-se o Valor Geral de Vendas (VGV) — um bom negócio para a cidade, que lucra com os impostos e a geração de empregos.

Apesar do grande volume de construções, no entanto, a quantidade de aprovações não tem aumentado: foram 300 mil metros quadrados, e este ano deve terminar no mesmo patamar.

A maioria das construtoras apostou na valorização do mercado imobiliário em Balneário Camboriú e tem estoque de terrenos e de projetos aprovados, o que deve manter o ritmo em alta pelos próximos anos – apesar da retração econômica que também atinge a construção civil.

Espaço para crescer

A concentração de grandes edifícios em Balneário Camboriú está no Centro. Mas o plano diretor permite a expansão dos prédios para alguns eixos em direção aos bairros. A prefeitura espera aprovar as obras em operações urbanas consorciadas, como a negociação de aumento de potencial construtivo em troca de desapropriações, por exemplo.

Essas novas operações, no entanto, não devem iniciar tão cedo. A prefeitura ainda tem que arrecadar R$ 60 milhões para finalizar as obras de extensão da Quarta Avenida e da Martin Luther. Este ano só foram vendidos 480 metros quadrados em operações de Transferência de Potencial Construtivo (TPC), num claro sinal de que a retração econômica tem segurado novos investimentos.


Fonte: Jornal de Santa Catarina e Ranking ITC